Correspondi ao mote lançado pelo Divas e Contrabaixos.
Aqui deixo uma queixa em versos de rima pobre.
Queixo-me dos homens, claro!
Escolhi esta foto e inspirei-me nela para aqui deixar uma lágrima que exprime as minhas múltiplas tristezas.
Encontrei o Amor nos verdes anos
Pedi à vida apenas felicidade
A lua não pedi, só a verdade
Mas sem a triste mágoa dos enganos;
Busquei e rebusquei pelas estradas
As sombras de desejo ou da emoção
Cansei-me nos caminhos da ilusão
Até que as mãos cederam já cansadas;
Na vida o que fiz foi perdoar
Esqueci-me de mim própria em cada dia
Gastei-me muito mais do que podia
Acusada de não saber amar
Longe de ti perturba-me o passado
Desdobram-se as mortalhas da tristeza
Sou viúva algemada e ainda presa
À fantasia de um tempo encantado;
Atrás de mim ainda há portas abertas
Há olhos, risos, sonhos e há beijos
Há recordações tristes de desejos
De anseios reprimidos, horas incertas
Perto de ti estaria, mas é tarde
Os teus olhos estão frios como as espadas
As tuas mãos agora estão geladas
Não sei se em nós alguma coisa arde;
À vida, mesmo assim quero voltar
Nas mãos levarei flores escondendo os prantos
Descalça, sobre o verde dos encantos
Eu voltarei, mais uma vez a Amar!
F.P.
quarta-feira, novembro 02, 2005
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9 comentários:
Faustosa amiga, como ousastes! Belos este Verdes anos! que mais não posso dizer...
besos besos
A beleza da tristeza?
Maluca!
Ohh!!!
... O segredo para se perceber algo, passa muitas vezes por nos conseguirmos fazer entender.
Perdoem-me a ousadia (diria mesmo, a invasao), mas nao resisti a um pequeno comentario.
mrf e maria, os verdes anos são sempre os mais bonitos...
lino, vou vingar-me.
Vantunes, podes invadir sempre, pode ser que me entendas.
Beijos da Fausta
Lindo! Gostei mesmo muito...e foste a 1ªa dar a cara.
Parabéns.
É uma queixa, mas levezinha...
beleza da tristeza diz ela.
e desde quando deixou de haver beleza na tristeza, e aprendizagem e devaneio, que é lá isso mulher?
Deixo-te um beijo ( se mo permites)
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