Dia suculento para passear pelo campo e repetir os nomes das florzinhas e dos arbustos em que se tropeça sob a hipnose da satisfação.
Até aos narcisos, espontâneos por sobre o tapete verde, eu perdoei a vaidade porque as violetas – violas, como ele me ensinou – acompanhavam-nos, na sua modéstia, como se dissessem que aos homens esses pequenos defeitos são permitidos sob a nobreza da nossa tolerância feminina.
Amor secretamente escondido no amarelo das acácias, romance nas azáleas, graça na flor do jasmim, cujo cheiro enche a mata de delicadeza.; satisfação plena depois de conhecer a mangifera, especialmente aquela que ele me mostrou no canto mais recatado do bosque. Nada, mas nada se assemelha àquela maravilha do mundo. Talvez só a boca-de-leão, mas em complemento.
Quando ele me pôs na mão um lírio, baixei-me e colhi uma papoila. Onde dizes pureza eu digo sonho, pensei e disse-lho com os olhos. Ou papaver rhoeas, pensei cá para comigo, agora na posse de todos os nomes, embora aquilo de papar com os olhos fosse metáfora ultrapassada depois do trifolium exercitado em pleno bosque.
Não me esquecerão mais as tâmaras, Phoenix dactyliferas, de grande impacto na redução das angústias, melhores do que qualquer raiz de valeriana, não obstante me agradar sempre mais o raizedo aprumado: se o queremos conhecer é fácil… basta ir na direcção do terminal e nada de ramificações pilosas a perturbarem a pesquisa.
Açafates, esporinhas, angélicas, eufórbias… sim, mesmo as eufórbias, tirando a pulcherrima, que à conta de se armar em boa, larga aquela seiva leitosa que é veneno para qualquer pele sensível.
Até aos narcisos, espontâneos por sobre o tapete verde, eu perdoei a vaidade porque as violetas – violas, como ele me ensinou – acompanhavam-nos, na sua modéstia, como se dissessem que aos homens esses pequenos defeitos são permitidos sob a nobreza da nossa tolerância feminina.
Amor secretamente escondido no amarelo das acácias, romance nas azáleas, graça na flor do jasmim, cujo cheiro enche a mata de delicadeza.; satisfação plena depois de conhecer a mangifera, especialmente aquela que ele me mostrou no canto mais recatado do bosque. Nada, mas nada se assemelha àquela maravilha do mundo. Talvez só a boca-de-leão, mas em complemento.
Quando ele me pôs na mão um lírio, baixei-me e colhi uma papoila. Onde dizes pureza eu digo sonho, pensei e disse-lho com os olhos. Ou papaver rhoeas, pensei cá para comigo, agora na posse de todos os nomes, embora aquilo de papar com os olhos fosse metáfora ultrapassada depois do trifolium exercitado em pleno bosque.
Não me esquecerão mais as tâmaras, Phoenix dactyliferas, de grande impacto na redução das angústias, melhores do que qualquer raiz de valeriana, não obstante me agradar sempre mais o raizedo aprumado: se o queremos conhecer é fácil… basta ir na direcção do terminal e nada de ramificações pilosas a perturbarem a pesquisa.
Açafates, esporinhas, angélicas, eufórbias… sim, mesmo as eufórbias, tirando a pulcherrima, que à conta de se armar em boa, larga aquela seiva leitosa que é veneno para qualquer pele sensível.
Mas… depois disto… até mesmo uma viola cornuta.
Agora … tanto faz ... já valeu a pena!
17 comentários:
Vale a pena viver assim a vida, não é?
Quem me dera!
www.lusoprosecontras.blogspot.com
:))
mas isto agora é só primavera, mas já começou a primavera por aí?
aqui começa o inverno, sim senhora... hemisferios...
19, 20...
Sr Pirata, nunca amou na vida?
Pois eu estou apaixonada, como vê.
Não me diga que não tenho o direito de vir aqui ao meu blog falar de florinhas! Pois se as vi e as cheirei... ohhhh... e olhe... desejo-lhe a si uma Primavera florida, que o amor quando nasce é p'ra todos!
lai-lai-lai.......
Sr, Mixtu, quando se sofre do mal da paixão... nem os Invernos molham... e até o frio aquece!
lai-lai-lai....
Dizes tudo...já veleu a pena :):):):):):)
Grande Fausta!
Beijocsas
Também gosto muita desta nossa prima. Os rebentos das plantas, as flores ao sol e o azul explosivo. As cores e os cheiros. É preciso ganhar muito tempo em silêncio, para a apreciar devidamente.
(E depois o sol morno nos corpos libertos, e cheiros que não se reproduze em ambientes fechados ;)
estava dificil de chegar a tua primavera
Fausta,
Vim-me aqui :-) por recomendação da Didas.
Adoro o que escreves. Queres colaborar na funda São? Se queres, manda-me um e-mail: funda@afundasao.com
deixaste a primaVera toda vaidosa por meteres as plantinhas dela ao "barulho"... ;)
Huummm..e aquele convite ali em baixo da SãoRosas??!!
Vamos ter colaboração??!!
:)
De facto, o aroma das flores da paixão acalma os instintos de caça. ;) E é um descanso para a pele que como que fica imersa num banho de espuma. ;)
Sra. D. Conceição... para si... a alma! Para mim... o corpo (não, o seu não, credo!)e pode crer que lutarei até ao fim para os compreender... a eles, claro!
mas... chegou a ler o textozinho das flores?
Ah não!!!
Pois então, sem leitura não há feedback.
Volte sempre!
Posso saber onde meteste a "piceas"? :-)))
Como é bela, luxuria..nte e saudável a natureza.
Especialmente naqueles cantinhos do bosque onde as coisas acontecem de modo mais secreto e selvagem!
actualiza... verão...
yaya
lendo o teu comment,Dom Mixtu, por sangue e por convicção
lai lai
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