sábado, fevereiro 24, 2007

No experimentar é que está o ganho




Espero que não tenham estranhado esta minha ausência mas é que tive de passar à fase empírica para comprovar algumas dúvidas.
Não foi mau! Mas de tanto canalizar as atenções para a verificação das hipóteses, a experimentação foi quase laboratorial e isso resulta sempre numa postura demasiado científica, percebem?
E depois eu precisava de alargar a amostra para que os resultados pudessem ser relevantes. Muito tempo gasto nestas andanças e uma mulher não é de ferro!
Primeiro andei a ler sobre o método experimental e deduzi que as experiências costumam ser feitas com animais… só que eu não queria entrar por aí… por via da contestação social, embora pudesse chamar ao texto alguns testemunhos de verdadeiras acrobacias equestres, de fantasias emplumadas, de garras felinas sobre a minha pele ou de lambedelas de cachorros nos dedos dos pés. Há de tudo, até rastejantes serpenteando-se para chegar à presa, ou cobaias a pedirem para serem testadas… embora os verdadeiros mamíferos tivessem sido sempre os da minha preferência.
Porém o que me fixou a atenção foram os caules: desde que um tal engenheiro agrónomo me disse que era costume deles espetarem o pau e ficar a vê-lo crescer, não parei as minhas pesquisas para tentar saber quais são as espécies que crescem em menos tempo e quais são as espécies retardadas; quais as que oferecem mais resistência e as que se quebram com um apertão forte ou mesmo as que murcham sem explicação aparente.
E… vejam só: caules angulosos, compridos, bojudos, cilíndricos, cónicos, estriados, sulcados…

Está decidido – vou à procura de guarda florestal para aprofundar os meus conhecimentos nesta matéria.


P.S. ah... já me esquecia! Eles não fingiram, na generalidade. Aquela matéria é demasiado sensível para ser comandada por um esforço de vontade. Houve, contudo, os que confessaram que às vezes abreviam para ver se a coisa acaba depressa. Mal sabem eles que nós ainda abreviamos mais...





14 comentários:

psique disse...

boa sorte com o guarda florestal na procura dos..."caules angulosos, compridos, bojudos, cilíndricos, cónicos, estriados, sulcado"... ;)

Erecteu disse...

Sorte do guarda, remordo-me de inveja que de empirismo céptico me conformo, não deixando de por à disposição estufa e viveiro cá da casa ;)
Continuação de boas experiências, até à total compreensão do bicho.

mfc disse...

Olha que os caules de crescimento rápido... não dão a melhor madeira!!!

Didas disse...

Cuidado com os guardas florestais pois é sabido que esses gajos geralmente deixam arder.
Boa sorte.

asdrubal tudo bem disse...

Pois é o melhor mesmo é experimentares um Asdrubal da vida. Nem muito grande nem muito pequeno. Para fazer crescer é um instantinho para o fazer murchar tanto pode demorar tipo duracelli como pode ser qual bateria velha de telemovel, sempre dependente da vontade da jardineira.

Fausta Paixão disse...

eu já ando a vaguear pela floresta, psique.

erecteu, se me perder na floresta de certeza que com essas referências encontrarei o caminho, obrigada amigo do peito!

mfc, excelente aviso, vou ser cautelosa. muito sasbem vocês de botânica!

didas... já não se fazem guardas como antigamente... é uma agonia ardente!!!

asdrúbal, viva a auto-estima!

robina disse...

Só espero que o tal guarda-florestal não seja dos que abreviem...:-)))

Anônimo disse...

Os guardas florestais, estão habituados a vigiar...
Vê lá se o homem só vigia e de fogo népias que é inverno

Maria Arvore disse...

Na floresta é que se está bem, com o sussurrar das folhas e uma fogueira acesa.

E se precisares de abreviar há sempre estrelas para contar no céu. ;)

Anônimo disse...

................. boa colheita:):):)

Fausta Paixão disse...

meninas, vou tentar que o homem seja fogo, apesar do paradoxo... e que não seja preciso contar as estrelas. Há outras coisas para contar bem mais interessantes!!!

Bastet disse...

É caso para dizer "cuidado com o caminho da floresta" não vás dar sem querer à casa da avozinha :)

Anônimo disse...

Fausta, quando precisares de um realizador para filmar umas experiencias já sabes! é que se é para fazer ciencia, toda a documentação e pouca!

faz-se até primeiro uns ensaios para testar a iluminação, profundidade e abertura das lentes e enquadramento de campo da camera!

Maria do Rosário Sousa Fardilha disse...

meu deus, está visto que te perdeste na floresta. vem aí lobo mau (a bastet tinha razão)!