quinta-feira, março 05, 2009

Alô!!!

O Nando era casado. Era e será, que há nós que não se desfazem.
A mim pouco me incomodam os nós dos outros; a paixão quando aparece, com aquela força bruta, não olha a essas coisas e pede caminho livre.
Ora do caminho tratou o Nando. Eu por mim levei a lingerie e o tinto, que o serão, das outras vezes, tinha-se prolongado pela madrugada e a garganta secara.
Não vou falar aqui dos acessórios porque o Nando é um tímido e se o descobrem aqui ainda vai ficar encabulado, mas aviso já que me apetrechei bem apetrechada. Podem imaginar o que nos esperava naquele apartamento de turismo rural, ali para o sul caloroso do país.
O Nando gostava de me aconchegar a ele e ficar assim a mimar-me durante horas; ele era atenções, carinhos, roçadelas, miaus e patinhas no ar; enfim, de tudo um pouco e tudo regado com produtos de qualidade, desde o tinto ao branco.
E assim nos entretivemos durante horas; acho que até nos esquecemos do jantar porque a hora a que toda a cena aconteceu era já tardia e bem tardia!
Fui eu que vi o telemóvel a piscar e dei conta da situação; doutra forma creio que teria metido polícia e tudo! Pois se a polícia já andava no encalço dele, depois da esposa ter falado para os hospitais todos a saber se lhe tinha acontecido alguma coisa!
É que o Nando esquecera-se do telemóvel no silêncio e aquele telefonema da noite com que tranquilizava a esposa dizendo-lhe que estava no quarto do hotel a descansar dos trabalhos do congresso, falhara.
Bem… eu por mim tanto me fazia que ele comunicasse com a senhora ou não, que os hábitos das mulherzinhas controlarem os seus mais-que-tudo nas ausências era coisa que me passava bem ao lado. O mesmo já não posso dizer do desempenho do Nando, que quando se apercebeu que até já os filhos estavam metidos ao barulho, telefonema p’ra cá e telefonema p’ra lá, ficou incapaz de levantar um dedo. Aquilo parecia uma cena de velório, com uns contactos de urgência para uns amigos cúmplices e muitos ais de desespero.
Que é que eu fiz?
Ora, virei-me para o lado e adormeci na paz dos anjos, que uma mulher sabe tirar partido das situações em qualquer circunstância e o descanso traduz-se sempre em mais frescura na manhã seguinte. O Nando que fosse meter-se debaixo das saias da senhora dele, que eu, haveria de encontrar rapidamente um par de calças à minha medida!

8 comentários:

Fausta Paixão disse...

Larose, um dia destes eu falo na minha viagem de sonho. Obrigada pelo desafio.

Fatyly, eu também não!

Fatyly disse...

Desculpa Fausta, mas ao tentar dar continuiade ao comentário apaguei-o nem sei como:), que lerdaaaaaaaaaaaa:)

Vou repor:

Não gosto da mentira! Há tantos Nandos e Nandas que é preferível dormir o belo sono dos justos.

Fausta Paixão disse...

oh Fatyly, dormir o soninho dos justos c'a barriguinha vazia é que é mauzinho. Mas pronto, o Nando naquela noite não conseguia melhor!

Mas a gente entende-se! ;)

Fausta Paixão disse...

Larose, apaguei o teu comentário sem querer... o que é que se passa aqui que isto apaga o que a gente não quer!!!

Maria Arvore disse...

Ai Fausta, que o azar persegue-te. Para a próxima com o Nando 1 ou o 2 ou o 3, exige logo um telefonema para a família que não queres uma multidão dentro do quarto. ;)

Mushu disse...

Fizeste bem em dormir, uma mulher tem de descansar.

mfc disse...

Que galo, ó Fausta!!
Mas se fosse comigo... também fechava para balanço por aquela noite!
Puxa! Só de imaginar... ehehehehehe, não consigo parar de rir!!

Fausta Paixão disse...

já viste, maria, que eu não acerto!

mushu, que é que eu podia fazer?

mfc, rir da má sorte é pecado!