Sei que tenho andado um pouco fugida mas não me levem a mal. É que enquanto durou a esperança eu não podia dar atenção a mais nada pois estive concentrada nos movimentos dos nossos rapazes. Dos nossos é como quem diz, que o Jerónimo por enquanto é só meu. Eu já passo a explicar.
Concentrada nos nossos rapazes, dizia eu, para acabar tudo numa frustração do tamanho de uma medida boa.
Claro: era uma equipa de homens, com assistentes homens, médicos homens, seleccionador homem e está tudo dito.
Custava alguma coisa terem feito mais um esforço em prol do nosso bom nome?
Mas nem tudo foi mau. Como espectadora envolvi-me na festa e acabei por conhecer o Jerónimo, ferrenho do futebol, frequentador de estádios, de ginásios e de tascas de qualidade, apreciador de umas bejecas, de uns caracóis e de umas sandes de orelha de porco. Era vê-lo ali trajado a rigor, de cachecol na mão antevendo a subida à estátua do Marquês, ritual indispensável nestas andanças. E eu cá de baixo a ver quando é que ele se desequilibrava e dava o tombo. Mas ele dizia que era ali que se inspirava para a cena seguinte, por causa do efeito das alturas. O pior era ouvir as buzinas e o repórter da SIC. De cada vez que entrava em directo as mulherzinhas gritavam que nem histéricas e os rapazinhos punham-lhe o cachecol pela frente dos olhos.
Mas quando o Jerónimo descia lá íamos nós comemorar os dois.
No dia da Holanda comemorámos juntos a vitória, depois de tanto pontapé nem conseguíamos segurar a genica com que o jogo nos deixou. No dia da Inglaterra o nervosismo abalou-nos tanto que precisámos de descarregar o stress à grande e à francesa, para nos prepararmos para o que faltava. Depois do jogo com a França precisámos de compensar a amargura. E que compensação a que o Jerónimo me proporcionou. Entendemo-nos tão bem que nem precisamos de falar.
Bem… se ele falasse eu era capaz de me frustrar um pouco, por isso disse-lhe que preferia a comunicação gestual e não foi preciso mais.
É assim, há sempre uma boa razão para umas horas de enrolanço.
E vocês, como viveram estas emoções?
Concentrada nos nossos rapazes, dizia eu, para acabar tudo numa frustração do tamanho de uma medida boa.
Claro: era uma equipa de homens, com assistentes homens, médicos homens, seleccionador homem e está tudo dito.
Custava alguma coisa terem feito mais um esforço em prol do nosso bom nome?
Mas nem tudo foi mau. Como espectadora envolvi-me na festa e acabei por conhecer o Jerónimo, ferrenho do futebol, frequentador de estádios, de ginásios e de tascas de qualidade, apreciador de umas bejecas, de uns caracóis e de umas sandes de orelha de porco. Era vê-lo ali trajado a rigor, de cachecol na mão antevendo a subida à estátua do Marquês, ritual indispensável nestas andanças. E eu cá de baixo a ver quando é que ele se desequilibrava e dava o tombo. Mas ele dizia que era ali que se inspirava para a cena seguinte, por causa do efeito das alturas. O pior era ouvir as buzinas e o repórter da SIC. De cada vez que entrava em directo as mulherzinhas gritavam que nem histéricas e os rapazinhos punham-lhe o cachecol pela frente dos olhos.
Mas quando o Jerónimo descia lá íamos nós comemorar os dois.
No dia da Holanda comemorámos juntos a vitória, depois de tanto pontapé nem conseguíamos segurar a genica com que o jogo nos deixou. No dia da Inglaterra o nervosismo abalou-nos tanto que precisámos de descarregar o stress à grande e à francesa, para nos prepararmos para o que faltava. Depois do jogo com a França precisámos de compensar a amargura. E que compensação a que o Jerónimo me proporcionou. Entendemo-nos tão bem que nem precisamos de falar.
Bem… se ele falasse eu era capaz de me frustrar um pouco, por isso disse-lhe que preferia a comunicação gestual e não foi preciso mais.
É assim, há sempre uma boa razão para umas horas de enrolanço.
E vocês, como viveram estas emoções?
15 comentários:
As minhas emoções foram todas menos futebulisticas. Parte da semana passada e até hoje foram umas atrás das outras e bem à minha maneira...resolvi tudo sózinha, a sorrir e a gozar com as bruxas, pois se assim não fosse daria em maluca porque de factometida entre mecânicos e hospitais o masculino tem muito a desejar!
Mas...vi outras pernas, outros gestos dividida entre o ténis, atletismo e ciclismo:):):):)torcendo sempre por ambos os sexos e festejo à minha maneira...refilo com a TV:):)
Puseste-me bem disposta... no Marquês? antes nos Clérigos:):):)
Vou dormir já que não digo coisa com coisa ou coiso na coisa ou deixa p'ra lá!
Beijos e amanhã que sejam felizes pois eu vou apanhar ar nas trombas :):)
E o fim de festa...foi menos bom!
Bom dai Faustica!
Ui...eu zamguei-me com o Mr. big depois do joogo com a Inglaterra. A melhor parte foi fazer as pazes!...
Bjicos
Alô Fausta! Vou tentar ser mais frequente nos comentários, uma vez que estou um pouco mais liberta das tarefas do ano lectivo.
Gostei de ver estes "caras", mas na verdade, estou saturada de tudo em que mete homem... não metem golos, não metem bolas, mas metem o nariz onde não são chamados.... além de serem peritos em muitas coisas que me irritam solenemente!
Confesso que há alguns, que, como bela paisagem, deixam que descanse os olhos, mas só para olhar!!!
Eu cá, quando têm bela voz, prefiro que falem. Desenvolvi uma técnica que me permite abstrair dos significantes... mais ou menos como ouvir uma bela canção em russo ;)
Não há nada como ter sentido prático, bastet!
Utilizando uma frase bonita, como aquela do nosso Presidente a dizer que "a bola é redonda"... digo-te que a vida é muito curta para a gente andar com esquisitices!
Mas sempre te digo que mesmo com uma voz bonita se o conteúdo for nulo... valha-me deus... há que lhes pôr à frente um livro de poemas de amor para eles irem recitando! Pelo menos dá-se utilidade às cordas vocais!
tu pensas que toda a gente sente as paixões com a tua intensidade? Não te esqueças que somos simples humanos...
Não compreendes, nem percisas de compreender...
Sabes muito bem que compreensão não é bem o que os homens querem...
Eu confesso Fausta que tenho um grande fascínio por vozes graves, másculas, e nas alturas a que me refiro também dispenso a elevação cultural de um poema, pode mesmo limitar-se a perguntar a espaços: gosta assim querida? ;)*
Pelos vistos, a adrenalina acumulada noMundial foi tanta, que a estas hotas, tu e o Girónimo ainda estais em plena descarga...
Houve futebol? Então por isso é que as pessoas fecharam a via pública sem serem multadas. Ainda pensei que tivesse sido alguma manifestação devidamente autorizada.
Ainda o Figo???? credo já tá podre:)
O comentário é meu :):):) desculpa
Sem inspiração????
Bj
sim, inês...
isto de não compreender os homens deixa uma mulher deprimida.
Tenho de voltar às lides!
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