Há dias em que uma mulher precisa mesmo de fechar os olhos e fingir que é noite.
Daquelas noites frias em que os pés precisam de aconchego, não havendo botija que chegue para elevar a temperatura porque o calorzinho de uma botija começa por ser forte mas rapidamente se perde, sem fonte que o sustente.
Vêm-me sempre à ideia os pés do Emanuel. Não é que me fiquem recordações dos pés dos meus companheiros de cama, que os terminais são coisas de importância, sim, mas não é preciso descer tão baixo.
Naquele caso não fui eu que desci. Aconteceu por acaso, embora a intenção me estivesse fisgada nos olhos, pelo menos para confirmar aquele “diz-se que”.
Uma relação proporcional de tamanhos entre os pés e outros termos de comparação, dizia o Emanuel ao grupo de mulheres que gostavam de o ouvir dizer larachas, ali à mesa do café, nos intervalos do trabalhito. Sempre o mesmo, este Emanuel, rodeado de mulherio e de chocalho na boca a fingir que impressionava.
Coitado… teve o azar de trazer o assunto à conversa e depois ficou sem saber como dizer que não quando o convidei para uma confirmação empírica. O outro também dizia ser o nariz mais usado para essas analogias, mas tinha um narizito pequeno e bem feito. Estava tão à vista a evidência que a cobiça não se impôs.
Bem, a verdade é que assim que o Emanuel se pôs a jeito o meu olhar subiu, a partir dos pés, devagarinho, ante a perspectiva fantástica de uma noite a fazer-se dia, já com a promessa, pensava eu, de um Inverno aconchegado. Um ou mais, que vale a pena reter a presa se a carne é saborosa.
Resultados?
Apenas a confirmação de uma matemática pouco desenvolvida naquela cabeça oca.
Por que será que os homens que mais falam são os menos interessantes?
quarta-feira, janeiro 25, 2006
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16 comentários:
Cão que ladra não morde, diz o ditado. Provavelmente homem que fala muito, pouco faz.
A medida (dos pés) das falas desinteressantes. Gostei desta imagem!
mais um post matémático, em que o resultado da equação não era o que se esperava.
como diz o povo, são mais as vozes do que as nozes.
Esta é matemática de mulherio. Não conta, é outra conta.
O que elas não sabem e esses patetas dos narizes, pés, mãos, et...não lhes dizem, é que a variância do terminal é derivada do integral de tusa que a fêmea impulsiona. É directamente proporcional !
Experimente oh Fausta, ou nunca foi pra cama com um amiguinho de uma amiguinha sua ?Ele conta-lhe qual das duas logrou o índice maior ;)
Isto é que é matemática !
eheheheh
pois eu não falo nada, escrevo...ehehhe
adorei, jinhos
........sem qualquer pretensão a ser interessante, porque no meu caso não há nada a fazer.... aprendi a viver com o pouco que tenho, sem nada fazer para o evidenciar.... de qualquer modo.... nunca se deve reter nada, tenha lá o tamanho que tiver.... :)
Lá diz o ditado: muita parra, pouca uva...
Pirata, já te disse... nunca menosprezes o inimigo!!!
... e Carlos, os índices de machismo associados à sua 'aposta' não perdem pela demora.
...ou está apostado em me fazer compreender os homens?
chuva miudinha... dizem que molha bem... vá lá a gente deixar de acreditar no povo!
eu não falo pinto
Desculpem mas sou igunurante: ter nariz e/ou pés compridos é sinal de **** grande ou pequena?
Este pirata vermelho é um verdadeiro corsário !
Apanhou logo a coisa, que a nega só confirma a regra algébrica do menos por mais dá menos e do menos por menos dá mais ou ainda da elevação mais ou menos, que era o tema do meu comment.
Temos de estar sempre em cima da coisa, caro flibusteiro.
Mas quem fala em machismo é você, faustinha, com essa conversa minimiza as coisas...
E tem de perceber que o que maximiza a função é quando há um denominador comum maior que o menor múltiplo comum.
Isto é matemático. Funciona !
A Matemática vai de menos infinito a mais infinito...
Fausta,
fenomenal! :)
E deixa que te diga que em matéria de pilomância só acredito na do polegar. ;)
Na matemática, estás cheia de razão: uma boa performance do macho é proporcional ao número de neurónios que possui.;)))))
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