É difícil acertar nas escolhas ou achar satisfação no que nos vem parar às mãos. Ou a dificuldade está na aceitação da diferença; ou as diferenças são determinantes primeiro na aproximação e depois na rejeição. Mas para que estou a acrescentar filosofia às linhas se o que quero é perceber uma coisa concreta que se chama desamor?
Não é que o Emílio me tenha provocado aquele desgosto (de amor) que nos deixa à beira de morrer. Afinal arrisca-se porque sim, porque o desejo de aventura torna-se um vício, uma coisa de tanta dependência quanto um aditivo forte e depois procura-se e procura-se e procura-se...
Bem... decididamente não me apetece ir direita ao assunto, mas a verdade é que tenho reflectido muito desde que cheguei que uma mulher não é só feita de bem bom. Já de um homem não se pode dizer o mesmo pois o tasse bem começa de manhã e prolonga-se pela noite, querendo isso dizer "dá-me aí um cigarro", "paga tu o almoço que deixei a carteira no outro casaco" ou "compra-me a vermelha que ainda não tenho nenhuma dessa cor" (referia-se à camisa, enfim, o mau gosto tem limites...). Ou mesmo nos pequenos caprichos de atitude "oh, agora não me apetece"
Se fosse só isto já seria mau. Não gostei mesmo nada de ver o meu crédito a desvanecer-se perante as distracções do Emílio. Mas as duas primeiras noites foram determinantes - não consegui pregar olho. Primeiro porque fiquei à espera daquela promessa de uma noite inesquecível, à medida que também se ia desvanecendo qualquer coisa que afinal não era assim tão visível como se dizia. Depois, imaginem! Depois o Emílio ressonou toda a noite. Na proporção inversa da promessa.
Bem... o que me valeu foi a paisagem . A natural, que nos aspectos culturais já tinha tido a minha dose. Embora a cultura seja uma coisa que inclui tudo, conforme aprendi na escola há muitos anos.
E gostei do aroma adocicado da pele castanha dos rapazes de Punta.
terça-feira, dezembro 06, 2005
Assinar:
Postar comentários (Atom)
10 comentários:
em punta até o cheiro é doce....o resto....depende. como sempre. bjos.
deixaste por lá o Emílio , e trouxeste meia dúzia de gaijos de... Punta !!!
O nome do teu blog é giro! Mas se sugere que te anima a vontade de compreender os homens... desanima-te dessa vontade! Não percas tempo! Diverte-te! Vai a Punta Cana e a outros sítios. Porque os homens não são para compreender, são para... e depois, pronto! Que tal Punta Cana?
Um beijo!
Tá-se a ver que o Emílio foi ver se descobria a Punta e descobriu o ronco.
Os homens são como o governo, prometem, prometem, mas quando chega a hora.... é o que se vê.
Querida Paixao,
Esta visto que este passarinho nao tem...hummm... asas para voar!...
Abracicos!
Pelos vistos esse tal Emílio não tem "punta" por onde se lhe pegue.
Mas, com os aromas que tiveste por lá, já não terás perdido tudo!
Nós homens somos ncompreensiveis realmente
Passa à frente o Emílio...
Mas não te esqueças que só os outros é que ressonam... quando estamos acordados!
Pirata... aqui tens a resposta:
"E vai daí ele, João, sem eco de fanfarras e muito menos, ainda, minguado na sua condição, olhou-a, como só os homens inteligentes sabem, e pensou "também eu... mas não preciso de o dizer alto".
punta que ************. afinal num posso dizer.
Postar um comentário