Cada dia que passa mais me vou convencendo de que o melhor estado para uma mulher é o estar sozinha. Eles acabam sendo uns emplastros, deus me valha, que o vigor com que atacam a carne não compensa as dores de cabeça.
Como foi? Eu conto.
Apesar de ser uma criatura das matemáticas com uma realidade baseada em raciocínios frios e complexos, o Alberto chegou-me com falinhas mansas a olhar-me de cima, como se eu fosse ignorante das estruturas da arquitectura informática. Ele sabe-a toda, pensei logo no primeiro contracto; porém, os atributos sensíveis à execução aqui do “je” foram desenhados há já muitos anos e para conhecer o funcionamento interno de uma mulher ainda falta muito aos homens.
É que a mim a gestão de equipamentos nunca me passou ao lado. Programar é coisa que faço com uma perna às costas e a electrónica digital é cá das minhas há muito, muito tempo, na falta de sistemas de processamento ou mesmo quando o volume dos dados é escasso.
Ele veio-me com aquela capacidade de raciocinar de uma forma lógica e estruturada, definindo pressupostos, estabelecendo etapas, querendo tirar conclusões numericamente fundamentadas, mas quem fez a avaliação dos resultados fui eu, cansada já da conversa das competências.
Aquilo de montar os chips, depois de conceber o modelo não é a melhor abordagem e o vício das máquinas torna os homens peças simples de uma qualquer linha de montagem. E eu, que monto bem qualquer engenho, não deixo de ser exigente com a autenticidade dos elementos. Por isso é que me enfastiou aquela sequência de instruções que não visavam mais do que tornar-me um simples processador. Ainda por cima com exigências de garantia de satisfação. Era fazer login e zás, a coisa dava-se! Era bom que as mulheres andassem ali na casa dos GHz e pudessem processar centenas de milhões de instruções por minuto, não era? Mas para isso, no mínimo, era preciso que partilhássemos os mecanismos de comutação, meu anjo, porque os circuitos de apoio, mesmo estando na motherboard, carecem de conectores adequados.
Como foi? Eu conto.
Apesar de ser uma criatura das matemáticas com uma realidade baseada em raciocínios frios e complexos, o Alberto chegou-me com falinhas mansas a olhar-me de cima, como se eu fosse ignorante das estruturas da arquitectura informática. Ele sabe-a toda, pensei logo no primeiro contracto; porém, os atributos sensíveis à execução aqui do “je” foram desenhados há já muitos anos e para conhecer o funcionamento interno de uma mulher ainda falta muito aos homens.
É que a mim a gestão de equipamentos nunca me passou ao lado. Programar é coisa que faço com uma perna às costas e a electrónica digital é cá das minhas há muito, muito tempo, na falta de sistemas de processamento ou mesmo quando o volume dos dados é escasso.
Ele veio-me com aquela capacidade de raciocinar de uma forma lógica e estruturada, definindo pressupostos, estabelecendo etapas, querendo tirar conclusões numericamente fundamentadas, mas quem fez a avaliação dos resultados fui eu, cansada já da conversa das competências.
Aquilo de montar os chips, depois de conceber o modelo não é a melhor abordagem e o vício das máquinas torna os homens peças simples de uma qualquer linha de montagem. E eu, que monto bem qualquer engenho, não deixo de ser exigente com a autenticidade dos elementos. Por isso é que me enfastiou aquela sequência de instruções que não visavam mais do que tornar-me um simples processador. Ainda por cima com exigências de garantia de satisfação. Era fazer login e zás, a coisa dava-se! Era bom que as mulheres andassem ali na casa dos GHz e pudessem processar centenas de milhões de instruções por minuto, não era? Mas para isso, no mínimo, era preciso que partilhássemos os mecanismos de comutação, meu anjo, porque os circuitos de apoio, mesmo estando na motherboard, carecem de conectores adequados.
O mínimo erro custa milhões, dizia ele. Mas meu querido Alberto, bem sei que errar é humano; por isso é que de futuro vou optar por contratar software pronto.