domingo, novembro 26, 2006

ANÚNCIO MUITO URGENTE

22 de Dezembro

Dia 22 de Dezembro é o dia escolhido pela Organização Global Orgasm para um grande desafio: um Orgasmo Global Sincronizado pela Paz.
Dada a dimensão da causa, este orgasmo tem regras e exige (mais do que todosos outros) sintonia e entrega total, não só com o parceiro escolhido mas com o mundo em geral.



...é já a 22 de Dezembro?

... tenho de agir com muita eficácia.
Afinal este mês é trágico, com a lista de prendas para comprar, as filas nos shoppings e a decoração da casa para fazer. O que vale é que estou a dieta para ver se me posso esticar depois, nas festas. Pelo menos não tenho que cozinhar, basta-me ir ali à charcutaria e trazer uns rissóizinhos e umas empadas. A dona é muito gentil, faz tudo com ingredientes light...

Então é assim:



URGENTE

Procura-se homem que queira contribuir para a paz no mundo



Aguardo as respostas e os contactos. Marcaremos os testes de selecção com toda a urgência necessária.
Afinal está em causa a PAZ no MUNDO.
Querem melhor causa do que esta?
Acham que vale a pena correr riscos? É que a guerra ronda-nos; se não fizermos nada como vão ficar as nossas consciências para o resto da vida?

P.S. Será que vai dar tempo de fazer os testes aos candidatos até à data proposta?


quarta-feira, novembro 22, 2006

Arquitectos e Projectos...


Ufa!
‘tava a ver que o gajo não descolava…
Nem vos digo… tenho os ouvidos cheios de projectos estruturantes, de módulos planimétricos, (os altimétricos guardou-os ele não sei onde, que nada vi que se elevasse em altura suficiente para uma experiência estética de fruição…).
Ainda me soa o conselho que aqui me deixaram os meus visitantes… especialmente aquele que dava uma certa definição de arquitecto...
De facto não posso dizer que o Frank fosse o protótipo do homem pragmático, lá isso é verdade; mas a mim atraem-me os artistas, que querem?!
De qualquer forma também não era inteiramente vidrado na harmonia das texturas e nessas coisas de decoração de interiores: nunca o vi enrolar-se em sedas nem em tules, não!, nada disso. Nem as formas lhe chamavam muito a atenção, o que bastante me desgostou porque eu bem tentei vários esquissos, na esperança que ele soubesse converter a coisa em planos de pormenor mas ele insistia na mais-valia dos encaixes, ou seja, andou a evitar as cavilhas (nem um pregozinho, digo-vos), porque, segundo dizia, as novas correntes artísticas dispensam o ferro nas ligações… é tudo na base do aglomerado e do contraplacado.
Quer dizer, lá me fazia um esboço de vez em quando… e deslumbrava-me mesmo; de outra forma não teria aguentado estes dias todos! Até porque me deu algum jeito aquela visão ecológica que ele apregoava: defensor da sustentabilidade e da reutilização, projectou o encaminhamento das águas da chuva para o autoclismo; depois argumentou que o quarto poderia ser requalificado, ideia que a minha mente esperançosa aproveitou logo: o que eu queria mesmo era rentabilizar o investimento pelo que lhe sugeri a tríade vitruviana como modelo.
Não sei se estão a ver! A coisa era simples e até podia envolver um ménage mais completo, mas o estúpido parecia só entender o que muito bem lhe convinha, como se veio a confirmar. Eu a querer ali a imagem masculina a multiplicar-se e a reflectir-se no espelho do quarto e ele a meter o Pitágoras ao barulho com a divindade dos números.
Confesso-vos já ando farta dos gregos: as maiores divindades nem sequer pêlos no peito tinham… onde é que já se viu um gajo de lira na mão a chamar as deusas? Ai Apolo… tens pinta de arquitecto, lá isso tens!
Conclusão: aquilo da venustas estava mais que provado: beleza não lhe faltava, era assim de uma mulher ficar enfeitiçada! Agora a utilitas propriamente dita, essa tinha de partir da firmitas e aí é que tudo se complicava porque ele rejeitava a nobreza dos materiais clássicos por falta de plasticidade. Ora o PVC é coisa de fazer vista mas falta-lhe aquele toque fino, falta-lhe proporção, volume…e a textura é de um desconforto arrepiante à vista. Quer dizer, em último caso, não havendo mais nada, serve. Mas eu tinha ali um homem dos mais belos que já conheci, cheio de técnicas que afirmava serem sustentáveis, com formação académica nas formas, nos ritmos, nos desfechos harmoniosos…
Será que era tudo influência daquilo que é o mais comum na nossa arquitectura que é a ostentação das fachadas? É que a correspondência entre o exterior e o interior… eu não dei por ela!!!
Para quem dizia que a arquitectura é música petrificada…
Música, sim! Musiquinha da mais minimalista, que nem uma flauta, nem o toque de uma harpa dedilhada com mestria…
Funcionaste tu?
Pois ele também não!!!
Na verdade tudo se ficou pelos projectos.
Obra feita – zero!
Se calhar qualquer Vasco Nabo especializado em materiais mais toscos e nos "há-des ver" orgulhosos e persistentes, era capaz de conseguir chegar mais alto, mesmo sem trazer os andaimes.

sábado, novembro 18, 2006

Prenda de aniversário



Bem sei que a curiosidade aumenta.
No entanto, enquanto ando às voltas com a avaliação do rapaz , o tal da arquitectura (e ainda só vou na avaliação formativa...), venho aqui deixar um mimo à maria_arvore, que tem umas coisinhas de comum comigo, incluindo a partilha do signo do horóscopo que é uma coisa de grande importância na vida... ou acham que é por acaso que partilhamos esta vertente perversa???
Daqui a dias virei dar conta da avaliação sumativa, com o respectivo registo da classificação final.
É que isto de avaliar tem os seus requisitos e as pedagogias não podem ser ultrapassadas ou corremos o risco de nos considerarem más profissionais.
Bem... não posso esticar-me muito porque as interpretações são como as cerejas e depois ainda vem por aí insinuar que este meu mimo é coisa de pouca monta.
Maria, faz dele o que te aprouver. Foi com todo o gosto que o tirei da prateleira para te tornar mais agradável o dia a seguir ao teu aniversário, mas que o atraso não te iniba...

segunda-feira, novembro 13, 2006

As manias da Fausta em dia NÃO.

... 'tou fartinha destas coisas do pessoal andar a bater à porta para a gente revelar coisas da nossa intimidade. Já me chegavam os gajos da markteste com telefonemas dia-sim-dia-não, para aquilo das sondagens...
Há uns tempos decidi adiar o pedido dele. Mas agora foi também ela...

Então lá vai o relato completo das minhas manias.
Mas vejam como fiquei verde com o esforço...



Tenho a mania de acreditar que as pessoas que me visitam pensam que eu sou brincalhona e não levam a sério as minhas queixas mas juro-vos aqui, do fundo do meu coração, que tudo o que aqui lêem é a pura das verdades e que eu seja ceguinha destes dois se for ao contrário.

Tenho a mania de dar conversa a todos os homens com quem me cruzo pelas esquinas da vida à espera de encontrar num deles o príncipe encantado que me fará feliz, mas estou a ver que tenho de seguir os ensinamentos daquelas histórias antigas e começar a coleccionar sapos a ver quando é que algum me pede para quebrar o feitiço, transformando-se ali mesmo num jeitoso completo e de preferência servil.

Tenho a mania de pensar que tudo o que vem à rede é peixe mas depois levo barrete sobre barrete porque andam por aí umas peixas disfarçadas, montadas em redes de malha duvidosa que talvez não sejam peixas mas polvas a estenderem os tentáculos cá para o meu lado mas eu de tentáculos gosto apenas dos que trazem um gajo musculado agarrado, de preferência com voz grossa e pêlos no peito.

Tenho a mania de não ficar muito tempo presa a questões complicadas e se sinto que o meu coração anda doente por causa de desgostos de amor ou de outro tipo ainda mais inútil, como intrigas de mulherio e coisitas assim mesquinhas, pinto o cabelo de louro muito claro por uns dias e é remédio santo – varre-se-me a memória por completo.

Tenho também a mania de achar que ter manias é coisa para gente muito chata e como não tenho pachorra para tais enganos vou acabar a conversa por aqui e vou ver se o gajo que trago sob vigilância (confesso que comecei pelo arquitecto) tem algum projecto para esta noite ou se precisa que eu lhe explique o que é um plano de pormenor. Se vier com conversas de insustentabilidade ou com estilos minimalistas mando-o especializar-se em arquitectura sanitária, que é o que neste momento vende melhor!

quinta-feira, novembro 09, 2006

Com um coração destes como é que uma mulher pode ter calma?


Não, ainda não desapareci.
Ando a ver se controlo este coração para não vir para aqui em ardores suspeitos.
Arrefecendo um pouco mais já poderei contar-vos a história. Ou as histórias... porque uma aconselhou-me um jornalista e a outra disse que um arquitecto é que podia ser a minha salvação.
O que é que acham que fiz? Tratei logo do assunto, que o hi5 tem de servir para alguma coisa de útil. Depois das provas dir-vos-ei qual foi a opção.

P.S. ... e mais um pombo que anda por aí a arrulhar...
logo eu que adoro que me arrastem a asa!